Os Policiais Rodoviários Federais (PRFs) May, Corona, Eva, Bud, Serena, Dom, Azul, Cacau e Venena são colegas de trabalho do PRF Santiago e compartilham do cotidiano de patrulhamento, muitas vezes tenso, que envolve as ações no Rio de Janeiro.
Sempre atentos e dispostos, os K9 como são chamados, são parceiros da linha de frente no combate ao crime e ao tráfico de drogas nas vias cariocas. E neste fim de semana, o susto não foi se esquivar de uma bala, de uma agressão ou de correr atrás de bandido. O susto veio das chuvas torrenciais que alagaram a sede da superintendência da PRF na zona Norte do Rio de Janeiro, onde os rios Pavuna, Acari, Quitungo e Cachorros transbordaram e alagaram o local, um batalhão da PM, comércios e casas da região.
“Acordei com a ligação na madrugada de um colega que está de férias e fiquei monitorando. Como a situação só piorava eu resolvi ir para a superintendência pois sabia que o canil podia alagar”, conta Santiago, que não hesitou em pegar sua motocicleta as 3h da manhã e sair no meio da chuva para ver se os colegas estavam bem.
“Levei quase duas horas para chegar pois várias vias estavam interditadas e intransitáveis. Para você ter uma ideia, para acessar o canil eu tive de nadar. Os cães maiores estavam com água no peito e os de porte médio, no pescoço e duas cadelinhas já estavam nadando, pois não conseguiam mais colocar a pata no chão. Cinco eu levei para o depósito, que fica no topo de uma escada e os outros, eu coloquei dentro das viaturas que não estavam com água”, explica Santiago, que só saiu do local quando a água baixou completamente ao meio dia do domingo, se certificando que todos estavam a salvo.
Santiago é PRF desde 2006 e em 2010 aceitou o convite para trabalhar com a equipe do canil da PRF, onde acabou se apaixonando pelos novos colegas. “Não sei se nasci para isso, mas é o que eu gosto de fazer na polícia e não me vejo fazendo outra coisa”, conta Santiago, que provou que também os humanos podem ser o melhor amigo dos cães.
Por: Assessoria SINPRF/MS
Fotos: PRF
