Após uma longa negociação, que se arrastou por mais de dois meses, o índice acordado ficou em 13,55%. Apesar de ainda muito alto, o índice ficou igual ao valor aplicado aos planos de saúde individuais, cuja regulamentação é definida anualmente pela Agência Nacional de Saúde (ANS).
O percentual de reajuste negociado será válido para as modalidades com e sem coparticipação, e será aplicado a partir de 01 de abril, com validade de 12 meses.
Este é o menor percentual de reajuste negociado nos planos da Unimed Seguros dos últimos 5 anos.
“Como não estão legalmente obrigados a seguir o índice da ANS para os planos coletivos, as seguradoras normalmente aplicam índices muito superiores ao índice negociado pela Federação este ano”, comentou Deolindo Carniel, presidente da FenaPRF.
A despeito da aparente conquista, em conseguir equiparar o índice do plano coletivo da FenaPRF com o índice definido pela ANS aos planos individuais, a FenaPRF lamenta a ausência de uma maior regulação por parte do Governo e a postura absurdamente desleal que as seguradoras de saúde vêm adotando em suas relações comerciais com os usuários dos planos coletivos.
Somente a FenaPRF representa quase 16 mil filiados, entre policiais ativos e aposentados, muitos dos quais são usuários dos planos coletivos de saúde negociados com as mais diversas seguradoras. E todas estas repetem a prática desleal de propor e defender, até as últimas consequências, índices de reajustes muito superiores aos planos individuais e aos índices oficiais de inflação.
Na prática, mesmo com a pequena alíquota de recomposição salarial conquistada pela categoria recentemente, cuja segunda parcela foi aplicada no início deste ano, o apetite das seguradoras nas mesas de negociação acaba por mitigar totalmente os ganhos da categoria.
O sistema sindical da PRF não se furtará de brigar por uma justa equalização nas próximas mesas de negociação com as seguradoras de saúde, e está buscando mobilização junto a outras categorias para levar a discussão para o âmbito legislativo e judiciário, visando restabelecer o mínimo de bom senso e equidade na relação com as seguradoras de saúde.