Em meio aos ataques do Governo Federal contra os servidores públicos, a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal iniciou a semana com um debate com diversas frentes sindicais e entidades de classe, a exemplo da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), para tratar do pacote de maldades efetuado pelo Executivo.
O diretor jurídico da FenaPRF, Marcelo Azevedo, abordou durante os cinco minutos oferecidos a cada um dos participantes, o desmonte que o Governo Federal tem promovido contra a sociedade, citando como exemplo a PLS 116, a Reforma da Previdência, o Projeto de Demissão Voluntária e a Medida Provisória 805.
“Colocar a conta de todo o rombo no serviço público é uma grande injustiça. A MP 805 representa para os próximos dois anos uma economia de R$ 20 bilhões. Se observarmos as últimas atitudes do Governo, somente a renúncia do Refis é de mais de R$ 500 bilhões em três anos, e com uma perspectiva de arrecadação de pouco mais de R$ 500 milhões”, destacou.
Azevedo ainda relembrou o forte rombo da Polícia Rodoviária Federal para 2017, com o contingenciamento de gastos que prejudicou a ação nas estradas federais. “Quem fica refém dessa situação é a sociedade”, pontuou. Por fim, lembrou que o adiamento da reposição inflacionária gera um prejuízo para os servidores. “Não se trata de um aumento salarial. Em oito anos, tivemos uma perda inflacionária de 65% e com uma reposição de apenas 15%. E essa postergação prejudica ainda mais”, agregou.
Os demais palestrantes seguiram o tom do representante da FenaPRF durante os seus discursos, principalmente lamentando o ataque contra os servidores, além de fazer um chamado geral para as suas categorias e também a sociedade para futuras ações nas ruas, buscando por fim no prejuízo feito pelo Governo Federal.
Fonte e Foto: FenaPRF