21/09/2015, 08:57
Pedágio da CCR em Caarapó gera protestos da população
O pedágio da rodovia BR-163 no Mato Grosso do Sul começou a ser cobrado no último dia 14, segunda-feira. E mesmo antes da cobrança, só com a divulgação dos preços, políticos e populares se manifestaram reclamando do preço abusivo cobrado pela empresa responsável pela rodovia, a CCR MSVia.
Só em Caarapó, o esperado desde 2013 era de R$ 4,38, mas com o reajuste ficou em R$ 6,50, deixando muita gente indignada com o valor a ser pago por quem trafega pela rodovia e precisa dela para chegar ao trabalho ou até estudar, como é o caso de universitários que seguem para Dourados quase todos os dias.
Em função da reclamação da população caarapoense, o vereador André Nezzi criticou o preço abusivo cobrado e cobrou explicações à concessionária. “Não dá pra aceitar pagar um valor desses com apenas 10 km do trecho duplicado. Sem contar que de Dourados a Campo Grande praticamente não teve duplicação da pista e o valor do pedágio também foi elevado no mesmo percentual de 47%”, disse Nezzi em uma sessão da Câmara Municipal de Vereadores.
Quem também cobrou explicações juntamente com André Nezzi foi o vereador Cido Santos (PR). Na qual fizeram um requerimento cobrando explicações sobre o reajuste que foi bem mais que o esperado.
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) também se expôs contra o aumento e em uma reunião realizada em Brasília na última semana com deputados federais e senadores, e tentaram renegociar com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Macedo Bastos, a redução das tarifas de pedágio praticadas pela concessionária CCR MSVia, na BR-163.
Segundo a assessoria de imprensa do deputado, ele afirmou na reunião que existe um inconformismo da população sobre a tarifa cobrada na rodovia, pois o valor afixado e de conhecimento de todos seria de R$ 4,38 a partir de outubro. "Hoje nós temos a revolta da população, em razão da antecipação da cobrança e aumento extraordinário que os pedágios irão praticar”, destacou o deputado federal Geraldo Resende
Na opinião do deputado “o trecho duplicado com recursos públicos na região do município de Dourados, não pode entrar na faixa mínima dos 10% de obras concluídas pela CCR MSVia e, assim, iniciar a cobrança do pedágio”, enfatizou o deputado.
Outro deputado federal que se pronunciou foi o Elizeu Dionizio (SD). Na qual segundo sua assessoria ele afirmou que “o grande problema é que a tarifa foi elevada de forma absurda. Na época da concessão era de R$ 4,38 por cada 100 quilômetros, mas dez dias antes de efetivamente ser cobrada, a Agência subiu para R$ 6,48, um reajuste de 47% em relação a outro aumento já concedido no mês de maio deste ano”, emendando “este reajuste não tem explicação”, disse o parlamentar.
Em contrapartida o diretor-presidente da CCR MSVia, Maurício Soares Negrão disse que o valor inicial foi estimado em R$ 4,38 , em maio de 2012, quando foi atribuída a concessão para a concessionária. Desde então, o valor médio cobrado nos pedágios, calculados a cada 100 km, subiu 47,9%.
Sendo assim, o aumento levou em conta o reajuste com base do IPCA, com acréscimo de R$ 1,33, as perdas provocadas a partir da Lei dos Caminhoneiros, onde os eixos suspensos não pagarão pedágio, o que gerou um aumento de R$ 0,66 na tarifa. As despesas que ocorreram fora de contrato também originaram novos gastos, somando R$ 0,12 no valor pago pelo motorista.
Fonte: CaarapóNews
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